quarta-feira, 5 de novembro de 2025
sábado, 8 de março de 2025
Bolsonaristas criam nova fake news sobre Pix para beneficiar criminosos
Por Augusto Sousa, no DCM: Uma onda de informações falsas sobre as novas regras de segurança do Pix, espalhadas por políticos e influenciadores bolsonaristas nas redes sociais, está favorecendo o crime organizado, afirmou o Partido dos Trabalhadores em nota publicada nesta sexta-feira (7). Na última quinta-feira (6), o Banco Central implementou medidas para impedir que CPFs e CNPJs inativos, especialmente registrados em nome de pessoas falecidas, sejam usados em fraudes e golpes.
No entanto, grupos de oposição têm distorcidos as normas, alegando que o objetivo seria o "controle social" e a suspensão de chaves Pix de devedores da Receita Federal - afirmações falsas que podem colocar a população em risco.
O BC publicou as alterações nas normas do Pix, destacando que ficarão inabilitadas as chaves vinculadas a CPFs em situação "suspensa", "cancelada", "titular falecido" e "nula". No caso de CNPJs, os registros em situação "suspensa", "inapta", "baixada" e "nula" também serão bloqueados.
O Banco Central ressaltou que o impedimento não tem relação com o pagamento de tributos, mas sim com a necessidade de combater fraudes e proteger os usuários do sistema.
"Morto não faz Pix", escreveu a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT, no X, antigo Twitter, em resposta às distorções sobre as novas regras. A medida visa dificultar a ação de golpistas que utilizam dados de pessoas falecidas para criar contas falsas e cometer crimes como estelionato, fraude e lavagem de dinheiro.
“Morto não pode fazer pix!” Isso resume a medida do BC de cancelamento de chaves pix que são usadas por bandidos para dar golpes contra os cidadãos.. CPFs que tenham situação cadastral “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nula” não poderão ter chaves Pix registradas na…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 7, 2025
Apesar dos esclarecimentos do BC, políticos e influenciadores alinhados ao bolsonarismo continuam espalhando informações falsas. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, compartilhou um post que afirmava que as novas regras seriam uma forma de "controle social". A publicação foi criticada até mesmo por seus seguidores, que questionaram a veracidade da informação.
A desinformação sobre o Pix não apenas confunde a população, mas também beneficia o crime organizado. Ao colocar parte dos brasileiros contra uma norma de segurança essencial, os golpistas encontram terreno fértil para continuar suas atividades ilícitas.
"Essas falsas narrativas colocam a população em risco e dificultam o combate aos criminosos que usam o Pix para lavar dinheiro e aplicar golpes", alertou uma fonte do Banco Central.
Golpistas têm utilizado dados de pessoas falecidas para criar chaves Pix falsas e enganar idosos, jovens e até empresas. Com contas bancárias fraudulentas, eles escoam o dinheiro obtido com crimes, dificultando o rastreamento e a recuperação dos valores. As novas regras do BC buscam fechar essa brecha, mas a desinformação pode minar os esforços das autoridades.
"O Pix é um sistema seguro e eficiente, as precisa de medidas robustas para combater a ação de criminosos. As novas regras são um passo importante nessa direção, mas é essencial que a população esteja bem informada", destacou o BC em comunicado.
E lá vamos nós novamente… https://t.co/YjcHsBbCSu
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) March 6, 2025
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segunda-feira, 4 de março de 2019
IFAB anuncia mudanças em regras de futebol
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Reforma da Previdência: entenda principais pontos do novo texto
Para terem direito ao benefício integral da Previdência, homens e mulheres precisarão contribuir por 40 anos para ter acesso, e não mais 49 anos. O tempo mínimo de contribuição para solicitar a aposentadoria foi mantido em 25 anos para ambos. A idade mínima da regra geral valerá após um período de transição.
O cálculo do valor do benefício de acordo com o tempo de contribuição também mudou em relação ao texto original do governo. Nele, esse valor era calculado considerando 51% da média das contribuições acrescido de 1% por ano de tempo de contribuição, até chegar aos 100%. Agora, será 70% da média acrescido de 1,5% para cada ano que superar 25 anos de tempo de contribuição; mais 2%, para o que superar 30 anos; e 2,5% para o que superar 35 anos, até os 100% aos 40 anos.
Regras de transição para o novo regime
Maia e o governo decidiram abandonar a idade de corte. No projeto original, mulheres com 45 anos ou mais e homens com 50 anos ou mais precisariam trabalhar 50% a mais sobre o que falta para se aposentar. No substitutivo, o pedágio será reduzido para 30% do que faltará para a mulher cumprir 30 anos de contribuição, ou 35 anos de contribuição se for homem.
O limite de idade para aplicar as regras de transição é de 53 anos para a mulher e 55 para os homens. Por exemplo: uma mulher com 52 anos, antes excluída da regra de transição, terá de contribuir 30% a mais tempo. A partir de 2020, haverá um aumento de 11 meses a cada dois anos para a mulher e de 1 ano a cada dois anos para o homem.
Pensões e BPC
Outra importante mudança do texto de Arthur Maia é a vinculação de pensões de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) ao salário mínimo, já que o texto original previa a desvinculação.
Para as pensões, a cota familiar permanece em 50%, acrescida de 10% para cada dependente, mas agora prevê-se a possibilidade de acumulação de aposentadoria e pensão de até dois salários mínimos, e para os demais casos de acúmulo, haverá a opção pelo benefício de maior valor. Para quem já recebe a pensão e cujo segurado faleceu, a acumulação de pensão e aposentadoria será mantida.
Para o BPC, a idade mínima de acesso ao benefício será de 68 anos, e não mais 70 como previa o texto do governo. Essa idade, porém, sobe de 65 para 68 anos a partir de 2020, em um ano a cada dois anos.
Para legitimar a concessão do benefícios, o texto original determinava que fossem consideradas toda e qualquer receita da família para o cômputo da renda mensal per capita. O novo texto, no entanto, exclui da conta a renda proveniente do bolsa família, de estágio supervisionado ou de programa de aprendizagem.
Aposentadoria Rural
Houve também um recuo em relação à aposentadoria rural. No projeto original, os trabalhadores do campo seriam incluídos no regime geral, com idade mínima de 65 anos e 25 anos de tempo de contribuição. No substitutivo, a idade mínima foi reduzida para 60 anos e o período de contribuição, para 20 anos.
Para quem estiver incluído nas regras de transição, a idade aumentará um ano a cada dois anos, até completar 60 anos. A contribuição corresponderá a 5% ou menos dos rendimentos do trabalhador rural, alíquota "tão ou mais favorecida que a do trabalhador urbano de baixa renda." No texto original essa contribuição podia chegar a 19% da renda do trabalhador.
Professores e Policiais
Os professores e policiais também terão regras especiais de aposentadoria e não entrarão no regime geral, como estava previsto no projeto original. No substitutivo, professores e policiais terão idade mínima de 60 anos e não mais aos 65 anos como previsto anteriormente. Vale a contribuição mínima de 25 anos como nas demais categorias. Para policiais, esse tempo cai para 20 anos se comprovada atividade de risco. Sobre a regra de transição, vale a mesma do Regime Geral com 5 anos a menos na idade de partida e na exigência de tempo de contribuição.
Atualmente, policiais podem se aposentar com 25 anos de contribuição sem limite de idade. As mudanças propostas originalmente pelo governo irritaram a categoria, que nesta terça-feira 18 tentou invadir a Câmara dos Deputados para protestar contra as alterações."
Fonte: Carta Capital
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