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sábado, 13 de setembro de 2025

"Carreca do INSS", empresário e "advogado ostentação" são alvos da Polícia Federal

Por Alex Rodrigues, repórter da Agência Brasil: Policiais federais cumpriram, na manhã desta sexta-feira (12), a dois mandados judiciais de prisão preventiva contra os empresários Antonio Carlos Camilo Antunes, que ficou nacionalmente conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti.

www.seuguara.com.br/Careca do INSS/Polícia Federal/

Os mandados foram executados no âmbito da Operação Cambota, que a Polícia Federal (PF) deflagrou para aprofundar as investigações acerca da cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos benefícios previdenciários pagos a milhões de aposentados e pensionistas.

Também estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de envolvimento no esquema, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os alvos da ação está o advogado Nelson Wilians, dono de um dos mais caros escritórios de advocacia do país e que se tornou conhecido por ostentar, em suas redes sociais, uma vida de luxo.


Suspeito de liderar o esquema bilionário de fraudes, o “Careca do INSS”, foi detido em sua residência, em Brasília (DF). Um novo mandado de busca e apreensão foi executado na casa de um dos filhos de Antunes, Romeu Carvalho Antunes – em cuja residência, a PF apreendeu, em maio, uma BMW e documentos.

Confira reportagem do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, sobre as prisões



Seu advogado, Cleber Lopes, disse a jornalistas que, além de deter Antunes, que passará por uma audiência de custódia, os agentes federais também voltaram a apreender documentos e veículos do empresário - que já tinha sido alvo de mandados de busca e apreensão em outras ocasiões.


"Estamos com toda a documentação separada, catalogada, e vamos apresentá-la à autoridade policial na perspectiva exatamente de desfazer esta equivocada compreensão que foi, talvez convenientemente construída contra o senhor Antunes, para, eventualmente, distensionar outros interesses", comentou o advogado, defendendo a atuação profissional de seu cliente e alegando surpresa com a prisão de Antunes.


"Todos ficamos surpresos porque, desde que assumimos a defesa, em março, temos feito tudo de maneira republicana. Todas as vezes em que ele precisou viajar, pedimos autorização judicial, ele viajou, voltou e nós comprovamos tudo. Ele não tem tido contato com ninguém, mantendo o foco em sua defesa, já que estamos mantendo o foco na organização e ordenação dos documentos que usaremos na defesa", acrescentou o advogado, argumentando que o STF autorizou a prisão preventiva "a partir de uma compreensão equivocada dos fatos".


A reportagem da Agência Brasil ainda tenta contato com a defesa do empresário Maurício Camisotti. Em nota, o advogado Nelson Wilians informou que tem colaborado integralmente com as autoridades responsáveis pela investigação e que confia que a apuração demonstrará sua total inocência.

De acordo com a PF, relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que o escritório de Wilians repassou R$ 15,5 milhões a Camisotti, por meio de transações consideradas "atípicas". Segundo o advogado, sua relação com o empresário é "estritamente profissional e legal".


"Os valores transferidos referem-se à aquisição de um terreno vizinho à sua residência, transação lícita e de fácil comprovação", reiterou Wilians, sustentado a explicação apresentada anteriormente, quando a transação veio a público. "Ressaltamos que a medida cumprida [o mandado de busca e apreensão] é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade."

Após o início da Operação Cambota, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que o Congresso Nacional instaurou para apurar as cobranças ilegais de mensalidades associativas, disse que a prisão "dos dois principais envolvidos no esquema de fraudes no INSS" é apenas um "primeiro passo" para esclarecer os fatos e identificar e punir os envolvidos.


"Temos muitas outras pessoas que também têm que ser presas, têm que dar declarações na cadeia. Para que não possam fugir e, principalmente, para que não possam esconder o patrimônio roubado dos aposentados", comentou Viana, lembrando que, na semana passada, o colegiado enviou ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro André Mendonça, um pedido para que a Corte autorizasse a prisão de 21 pessoas investigadas.

"Temos outras 19 pessoas [em relação às quais] pedimos a prisão. Esperamos que, muito em breve, elas também sejam alvos de operações da PF. Porque estas prisões já chegam com atraso, pois a PF já sabe todo o envolvimento da quadrilha, as associações, as empresas de fachada, e ninguém tinha sido preso", completou Viana.


Além do pedido de prisão encaminhado ao STF na semana passada, o colegiado aprovou, ontem (11), cerca de 400 pedidos de informação e de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de suspeitos de participação no esquema, incluindo os de Antunes e de Camisotti.

"Agora, o próximo passo é pedirmos ao ministro André Mendonça que o STF libere [para depor à CPMI] o senhor Antunes, o Careca [do INSS] na próxima segunda-feira [15], e o senhor Camisotti na próxima quinta-feira [18], que já tinham sido intimados pela Polícia Legislativa. Espero que o ministro mantenha a ida deles [ao Congresso Nacional], desta vez, como conduzidos."

Edição: Valéria Aguiar

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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

O que se sabe sobre a operação contra jogos ilegais, que mira celebridades e bloqueou R$ 2,1 bilhões

Por Ana Gabriela Sales, no GGN: Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (4), prendeu a empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, além de acarretar no bloqueio de ativos fianceiros de cerca de R$ 2,1 bilhões dos alvos da ação policial. [Confira os detalhes abaixo]. 

www.seuguara.com.br/Operação Integration/lavagem de dinheiro/apostas esportivas/Bets/jogos ilegais/

Segundo a corporação, as investigações da Operação "Integration" contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais foram iniciadas em abril de 2023 e contou inclusive com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp) e da Diretoria de Operações Integradas e inteligência (Diopi) da Polícia Civil de Pernambuco. 


De acordo com os policiais, "a quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias".

Ao todo, forma expedidos outros 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SDP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia. Os nomes dos demais alvos não foram divulgados. A 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife também determinou a entrega de passaporte, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo de investigados.

Pelo menos 170 policiais civis de Pernambuco, São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás integram a operação, que também teve apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).


Bets na Mira

Uma das empresas que entraram na mira da operação é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte, que patrocina times de futebol como o Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Athletico-PR, Bahia, Ceará, Náutico e Santa Cruz. Em nota, a empresa disse ter compromisso com a verdade e com o cumprimento de seus deveres legais.

A casa de apostas Vai de Bet, do empresário do ramo imobiliário José André da Rocha Neto, também foi alvo da investigação. Um helicóptero que, segundo a polícia, teria ligação com essa empresa chegou a ser apreendido em Campina Grande, na Paraíba. A empresa tem sede no Caribe e está no mercado desde Setembro de 2022.


Apreensão de avião de Gusttavo Lima

Um avião que pertence à empresa do sertanejo Gusttavo Lima também foi apreendido pela Polícia Civil, em São Paulo. A aeronave, prefixo PR-TEN, foi recolhida enquanto passava por uma manutenção no aeroporto da cidade de Jundiaí.

A polícia não informou qual seria a ligação do avião com o esquema, mas ele está registrado no nome da empresa Balada Eventos e Produções Ltda, do cantor, e tem situação considerada "normal", segundo Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O advogado da empresa Balada Eventos e Produções, Cláudio Bessas, informou que a aeronave foi vendida por meio de contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB-Anac), para a empresa J.M.J Participações, segundo o G1.


Prisão de Deolane

Com 20 milhões de seguidores nas redes sociais, Deolane foi presa em um hotel no bairro de São José, na região central do Recife. Segundo os policiais, a empresária foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste.

Pernambucana, a influencer mora em São Paulo e viajou com a família para a região Nordeste. Na capital paulista, um carro de luxo foi apreendido na mansão de Deolane. 

Nas redes sociais, a irmã da empresária, Dayanne Bezerra, disse que a mãe, Solange Bezerra, também foi presa. A mulher passou mal após a prisão e foi levada para o hospital. Segundo Dauanne, a família é vítima de perseguição judicial.


Vale lembrar que, em 2022, Deolane foi alvo de busca e apreensão por suposta relação com a empresa de apostas esportivas Betzord, que era investigada por "crime contra a economia popular e associação criminosa".

Nets manhã, o escritório da advogada Adélia Soares, que defende Deolane e Solange, publicou uma nota afirmando que a investigação em curso é sigilosa. "Ressaltamos que a Dr. Deolane Bezerra tem plena confiança na Justiça e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos", diz a nota.

"Além disso, informamos que o corpo jurídico da Dra. Deolane já está tomando todas as providências cabíveis para garantir o respeito ao sigilo processual e para responsabilizar aqueles que, porventura, estejam divulgando informações inverídicas ou confidenciais de forma indevida", prossegue o texto.


Já o advogado do dono da Esportes da Sorte, Pedro Avelino, disse em entrevista que ainda precisa entender o contexto da operação. Também em nota a empresa disse que "ratifica seu compromisso com a verdade, com o jogo responsável e, principalmente, com o cumprimento de todos os seus deveres legais"


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segunda-feira, 25 de março de 2024

Caso Marielle: PF vai investigar nomeação de chefe da Polícia do Rio assinada por Braga Netto

Por Ana Gabriela Sales, no GGN: A luz dos novos desdobramentos do caso Marielle Franco, a Polícia Federal (PF) vai investigar as circunstâncias da indicação do delegado Rivaldo Barbosa para chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que assumiu o posto um dia antes do crime, em março de 2018. A informação foi dada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, à jornalista Ana Flor, do G1.

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A nomeação

Rivaldo Barbosa assumiu o comando da Polícia Civil do Rio em 13 de março de 2018, um dia antes da execução brutal da então vereadora carioca pelo PSOL, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes.

Na época, a segurança pública do Rio de Janeiro passava por intervenção federal. A ação era comandada pelo general Braga Netto, que mais tarde se tornou ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).


Em março de 2018, a nomeação de Rival Barbosa foi assinada pelo então interventor Braga Netto, que veio a público neste domingo (24) para afirmar que a nomeação foi assinada por "questões burocráticas" e que - na ocasião - as indicações para a Polícia Civil do Rio eram feitas pelo general Richard Nunes.

Acontece que Richard Nunes, também foi nomeado por Braga Netto. Ele era secretário de Segurança Pública do Rio, pasta que à época respondia ao Gabinete de Intervenção Federal.


"A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a Defesa Civil e Penitenciária", diz a nota da defesa de Braga Netto. "Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área de segurança pública no RJ", segue a nota.


Já o relatório da PF, que implica Rivaldo Barbosa, mostra que a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro desabonou a indicação dele para o cargo, mas o general Richard Nunes insistiu e decidiu nomeá-lo.

Em depoimento, Richard Nunes afirmou que desconsiderou a recomendação da Subsecretaria de Inteligência uma vez que recomendação não se pautava em "dados objetivos". Já em entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo, o general disse que "pode ter sido ludibriado".


Prisão de Rivaldo

Rivaldo Barbosa e os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos, neste domingo (24), seis anos após a morte de Marielle, no âmbito da investigação federal sobre o caso. 

Domingos e Chiquinho foram apontados como os mandantes do crime, enquanto Rivaldo é apontado de ter planejado "meticulosamente" a emboscada e também de obstruir as investigações do assassinato.


As informações estão no documento em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu os mandados de prisão contra os três.

Já nesta segunda-feira (25), a Primeira Turma do STF também formou maioria para confirmar a decisão de Moraes e manter as prisões.


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sábado, 19 de agosto de 2023

Por contaminação ideológica e omissão no 8 de janeiro, PF prende cúpula da PM-DF

Por Renato Santana, no GGN: O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Klepter Rosa Gonçalves, foi levado pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18) como parte do cumprimento de sete mandados de prisão preventiva contra a cúpula da PM/DF por omissões nos atos golpistas de 8 de janeiro.

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A informação foi divulgada pelo jornalista e colunista do UOL, Aguirre Talento. Além do atual comandante-geral da PM, que era subcomandante da corporação na invasão às sedes dos Três Poderes, foi preso o ex-comandante Fábio Augusto Vieira, que chefiava a PM na ocasião.

Foram levados à carceragem da PF também o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, que em janeiro estava no Departamento de Operações da PM, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e o tenente Rafael Pereira Martins.


Os presos nesta manhã são acusados de crimes contra o estado democrático, dano qualificado e também acusados da violação dos deveres funcionais estabelecidos na Constituição e nas normas da PM do DF. Já se encontravam detidos o coronel Jorge Naime e o tenente Flávio Silvestre Alencar.


Prisões solicitadas pela PGR

As prisões haviam sido solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), após apresentar denúncia contra eles dentro da investigação que apura a omissão de autoridades nos atos golpistas do 8 de janeiro. Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.


À imprensa, a PGR afirmou que apresentou provas da omissão dos envolvidos e constatou que havia "profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF", como a concordância com "teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

A PGR também apontou que os policiais que ocupavam cargos de comando da corporação "receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes".

"Os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir", diz a PGR.


Ibaneis Rocha e Anderson Torres

O ministro Moraes chegou a afastar do cargo, neste mesmo caso, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), durante dois meses. O ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres ficou três meses preso, mas posteriormente liberado por Moraes.

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sábado, 20 de junho de 2020

Fabrício Queiroz seguia 'complexa rotina de ocultação' e pensava em fugir

Poder360 - Eis um resumo deste texto, em perguntas e respostas: - Quem é Fabrício Queiroz? Ex-policial militar, é amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro e ex-assessor do filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.
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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

PF prende cinco engenheiros que atestaram segurança de barragem que se rompeu

Cinco engenheiros que prestam serviço para a mineradora Vale e que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos nesta terça-feira (29). As ordens judiciais, expedidas pela Justiça Federal, foram cumpridas em Nova Lima, na Grande BH, e em  São Paulo. Os alvos foram sedes da empresa e residências dos envolvidos.
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