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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Política: PEC da Blindagem é arquivada após rejeição unânime no Senado

Por Camila Bezerra, no GGN: A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Seando rejeitou, nesta quarta-feira (24), a polêmica Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a proteção de parlamentares na Justiça. Todos os membros da CCJ foram contrários à PEC, o que inviabiliza recurso para levar à proposta à discussão no Plenário. Consequentemente, a proposta será arquivada.

www.seuguara.com.br/PEC da Blindagem/Senado/CCJ/

Caso tivesse sido aprovada, a medida garantiria que parlamentares só poderiam ser alvo de investigações ou prisão com a autorização prévia da Câmara ou Senado, em votação secreta. A única exceção seria casos de prisão em flagrante de crimes inafiançáveis.


No entanto, a aprovação do texto na última semana na Câmara dos Deputados gerou uma onde de repercussão negativa, tanto que no último domingo (21) todas as capitais foram tomadas por manifestantes contrários à ela e à proposta de anistia dos golpistas condenados por envolvimento com a tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

A repercussão prejudicou de tal forma a imagem do Legislativo que os senadores adotaram um rito mais acelerado para pôr fim à PEC. Isso porque o texto entrou na pauta da CCJ com menos de uma semana de aprovação na Câmara.


Parecer


O próprio relator Da PEC no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), já havia se posicionado contra a medida na última terça-feira (23), quando afirmou que a proposta favorecia os criminosos.

"A PEC que formalmente aponta ser um instrumento de defesa do Parlamento é na verdade um golpe fatal na sua legitimidade, posto que ocnfigura portas abertas para a transformação do Legislativo em abrigo seguro para criminosos de todos os tipos", apontou o senador. 


O senador também classificou a proposta como fruto de "desvio de finalidade", alegando que o verdadeiro objetivo seria dificultar ou atrasar investigações criminais contra determinadas figuras públicas.

"Trata-se do chamado desvio de finalidade, patente no presente caso, uma vez que o real objetivo da proposta não é o interesse público - e tampouco a proteção do exercício da atividade parlamentar -, mas sim os anseios escusos de figura públicas que pretendem impedir ou, ao menos, retardar, investigações criminais que possam vir a prejudicá-los", continuou o parlamentar. 


Em seu relatório, Vieira critica ainda o que consider um retorno a práticas já superadas. "Retornar à imunidade processual existente anteriormente à Emenda Constitucional nº 35, de 2001, representa, assim, permitir a impunidade de Deputados, Senadores, presidentes de partidos e, por simetria, Deputados Estaduais e Distritais, o que certamente, se choca com o interesse público."


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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Política: Moro apresenta emenda para tentar salvar PEC da Bandidagem diante de repercussão negativa

(Folhapress) - O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) apresentou uma emenda para tentar salvar a PEC da Blindagem nesta terça-feira (23) e limitar o texto aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. O senador propõe que seja exigida autorização prévia da Câmara ou do Senado para abertura de investigações contra deputados e senadores quando houver "crime contra a honra" ou "qualquer imputação fundada exclusivamente em opiniões, palavras e votos do parlamentar", ressalvando o crime de ameaça.
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sábado, 20 de setembro de 2025

Alessandro Vieira será relator da PEC da Blindagem no Senado

Redação/Brasil de Fato: O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi indicado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Seando, Otto Alencar (PSD-BA), para relatar a chamada PEC da Blindagem na Casa. A escolha do emedebista se deu pelo "notório saber jurídico" do parlamentar, que é delegado de carreira e membro atuante da comissão. 

www.seuguara.com.br/Alessandro Vieira (MDB-SE)/relator/PEC da Blindagem/Senado/

O presidente da CCJ adiantou que o relatório de Vieira, previsto para ser apresentado na próxima quarta-feira (24), será contrário ao texto aprovado na Câmara dos Deputados. "Ele vai trabalhar para supultar esse absurdo parlamentar", afirmou. Alencar também destacou que pesou na decisão o fato de Vieira integrar o MDB, partido que, segundo ele, tem tradição de defesa da democracia e da justiça.


Nas redes sociais o relator confirmou sua posição. "Recebi do presidente da CCJ a missão de relatar a chamada PEC da Blindagem no Senado. Minha posição sobre o tema é pública e o relatório será pela rejeição, demonstrando tecnicamente os enormes prejuízos que essa proposta pode causar aos brasileiro", declarou Vieira. 

Mesmo com parecer contrário na CCJ, a PEC ainda pode ser apreciada em plenário. A proposta é articulada principalmente por partidos do cahmado Centrão como reação a investigações envolvendo parlamentares e ações do Supremo Tribunal Federal (STF).


O texto retoma dispositivos que vigoram na Constituição entre 1988 e 2001, quando deputados e senadores só podiam ser processados criminalmente com autorização do Congresso. Naquele período, de acordo com levantamento do site G1, mais de 250 pedidos foram barrados e apenas uma ação foi autorizada.

Entre os pontos mais polêmicos, a PEC amplia o foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos com representação parlamentar, restringindo sua responsabilização penal ao STF. Também altera as regras de prisão em flagrante de parlamentares: a Constituição prevê prisão em crimes inafiançáveis, com análise posterior pelo Congresso. Hoje a votação é aberta, mas o texto aprovado estabelece o retorno do voto secreto

Otto Alencar já havia antecipado que a proposta "não passará no Senado", classificando-a como um grave retrocesso institucional.


Edição: Nathalia Fonseca

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Política: PEC da blindagem é aprovada por deputados e vai ao Senado

Por Pedro Rafael Vilela, repórter da Agência Brasil: A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta o andamento de processos criminais contra deputados e senadores, incluindo até mesmo a execução de mandados de prisão, foi aprovada na noite desta terça-feira (16) pelo plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, em dois turnos de votação.

www.seuguara.com.br/Câmara dos deputados/PEC da Blindagem/

O texto-base, que dependia de 308 votos para avançar, entre 513 deputados, foi aprovado por 353 parlamentares, em votação de primeiro turno. Outros 134 deputados votaram contra o projeto, e houve uma abstenção.


No segundo turno, por volta das 23h30, cerca de duas horas depois da primeira votação, a PEC passou com o voto favorável de 344 deputados. Houve 133 votos contrários. Um requerimento para dispensar o intervalo de cinco sessões entre uma votação e outra foi aprovado por ampla margem para permitir o avanço da matéria.

A PEC determina que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Além disso, a proposta concede foro no Supremo Tribunal Federal (STF) para presidentes de partidos com assentos no Parlamento.


Todos os destaques para mudar o texto, incluindo a exclusão do foro privilegiado para presidentes partidários, foram rejeitados em plenário. Após o fim da votação em segundo turno, deputados seguiram discutindo destaques para excluir pontos do texto.

A chamada de PEC da Blindagem (PEC 3 de 2021), ou PEC das Prerrogativas, foi articulada pela maioria dos líderes da Câmara com o apoio da oposição liderada pelo Partido Liberal (PL).

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) orientou voto contrário, mas 12 deputados da legenda votaram a favor em primeiro turno. Também houve apoio à PEC entre deputados outros partidos da base, como PSB, PSD e PDT. Além disso, bancadas governistas, como lideranças de Governo e da Maioria, liberaram seus votos em plenário.


Tramitação difícil

Agora, a PEC será enviada ao Senado. Se avançar entre os senadores, processos judiciais, seja por desvio de emendas parlamentares ou outros crimes, só poderão ser julgados no STF com autorização dos parlamentares. Apesar disso, deve enfrentar resistência na Casa revisora. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), demonstrou indignação com a iniciativa.

"A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária", declarou em postagem nas redes sociais. Caberá à CCJ, presidida por Alencar, analisar tanto admissibilidade da PEC quanto seu mérito. Se for levado ao plenário, o texto precisará do voto de 49 entre 81 senadores.


O que foi aprovado

O texto aprovado na Câmara é um substitutivo relatado pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA), que deu parecer favorável ao projeto.

A proposta permite que deputados e senadores barrem a prisão de colegas, em votação secreta. Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente.


Em conversa com jornalistas, o deputado Cajado justificou que o texto não é uma autorização para "maus feitos", mas apenas uma "proteção" para os deputados exercerem sua função sem medo de "perseguição política". 

"Isso aqui não é uma licença para abusos do exercício do mandato, é um escudo protetivo da defesa do parlamentar, da soberania do voto e, acima de tudo, do respeito à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal", disse.


O texto apresentado pelo relator afirma que: "Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa".

Em outro dispositivo, a PEC define que a decisão deve ser decidida "por votação secreta da maioria absoluta de seus membros, em até noventa dias a contar do recebimento da ordem emanada pelo STF". Maioria absoluta significa a metade dos parlamentares da respectiva Casa Legislativa mais um.


No caso de prisão por crime inafiançável, é necessário manifestação, em 24 horas, da Câmara ou do Senado, por votação secreta. A Casa poderá suspender a prisão com maioria simples que, diferentemente da maioria absoluta, requer a maioria dos parlamentares presentes na sessão e não do total.

Sobre o voto secreto, o relator Claudio Cajado sustentou que a modalidade "nunca deu problema".

"Qual o problema do voto secreto? [É] para que todos tenham a sua consciência voltada para o pleno exercício da atividade parlamentar", afirmou.


O relator justificou ainda a inclusão dos presidentes de partidos entre aqueles com direito ao foro por prerrogativa de função, só podendo ser processado pelo STF.

"Eles são ativistas na política. Eles complementam a atividade política. Então, qualquer processo sobre eles não tem que ter autorização, para ficar claro. Mas o foro fica sendo também igual aos dos deputados", disse Cajado.


Já contrários à proposta alegam que a medida blindará deputados da possibilidade de serem processados e investigados por crimes de qualquer natureza, incluindo delitos comuns, como corrupção e atos de violência, por exemplo.

"Isso aqui é uma desmoralização do Parlamento brasileiro. Está voltando o voto secreto e a forma como vamos dar ao Poder Legislativo de anular o Judiciário, chantagear o Executivo e torná-lo o Poder, por excelência, no semipresidencialismo. Essa é a resposta à condenação ao golpe de Estado no país", criticou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

Edição: Juliana Cézar Nunes

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[Câmara derruba voto secreto em PEC da Blindagem por falta de quórum: "No início da madrugada desta quarta-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou, por insuficiência de quórum, o destaque que derrubou o voto secreto nas sessões para autorizar processos criminais contra senadores e deputados.

Foram 296 votos a favor do voto secreto, mas o mínimo necessário para manter a regra era de 308 votos.

Inicialmente previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, também chamada de PEC das Prerrogativas, o voto secreto acabou derrubado por falta de 12 votos para alcançar o total necessário para mudar a Constituição. 

Outros 174 parlamentares votaram a favor do destaque do Novo que exclui o termo "secreto" do texto."

(...) ]

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PS: Edição/17/09/2025-18h09: Com manobra, Câmara restabelece voto secreto na PEC da blindagem: 

"Por meio de manobra regimental, a Câmara dos Deputados retomou, nesta quarta-feira (17), o texto original da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3 de 2021, a chamada PEC da Blindagem, e restabeleceu o voto secreto para autorização de ações pemais e de prisão em flagrante por crime inafiançável contra deputados e senadores.

(...), após reunião com líderes do Centrão, na residência oficial do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rerpublicanos-PB), o relator da PEC, deputado Claudio Cajado (PP-BA), apresentou, na sessão plenária extraordinária semipresencial para votar destaques à proposta, emenda aglutinativa para retomar o texto original sobre o voto secreto, excluído durante a madrugada.

Segundo ele, a votação não espelhou o amplo posicionamento de plenário da Casa.

"A votação transcorreu após a meia-noite, muitos deputados, inclusive, me procuraram dizendo que estavam dormindo, que dormiram, inclusive, de forma inesperada", justificou. 

A proposta que restabeleceu o voto secreto foi aprovada com 314 votos favoráveis e 168 contrários.

(...)

Os líderes contrários prometeram recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça e ao Supremo Tribunal Federal (STF)

(...)

A PEC da Blindagem ganhou força nas últimas semanas no contexto do julgamento e condenação do ex-presiente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eliões presidenciais de 2022.

Críticos apontam que a medida dificulta o processo contra deputados investigados por desvio de dinheirro público via emendas parlamentares.

Do outro lado, os defensores alegam que a PEC é uma proteção ao exercício do mandato parlamentar diante supostas "persiguições políticas" do Judiciário.

Agora, o texto segue para apreciação no Senado e deverá passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Se aprovado pelos senadores, a proposta poderá ser promulgada diretamente pelo Congresso - sem passar por sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Clique aqui para ler a matéria completa, publicada por Marcia Bessa Martins, no Último Segundo

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